23 de abril de 2008

a minha ervilha



Este é um saco muito especial: aquela grande mancha verde é uma ervilha de Mendel! Veio do mesmo sítio onde há muitos anos se inventou a genética.
A importância de Darwin para a biologia é incontornável e eu sou uma sua devota seguidora (e que belas aulas sobre evolução tenho andado a preparar! :) mas o meu coração sempre saltou um bocadinho mais por Mendel, que fazer? Por isso este saco foi o eleito para me acompanhar sempre, para todo o lado, dobrado no fundo da carteira. Saco de comida, saco de livros, saco de roupa, saco de tudo!

-"Não preciso de saco, obrigada!", digo, enquanto tiro a minha ervilha da carteira. E vou notando que ainda há muito quem estranhe. Embora menos. E pelo menos já não preciso de discutir com quem me atende e me quer forçar a trazer um saco com a marca...

Fazer-me acompanhar do meu saco-ervilha é um dos meus pequenos gestos em prol da melhoria do estado do ambiente. Usar criteriosamente a água e lavar com detergentes sem fosfatos, aumentar a proporção de alimentos provenientes de uma agricultura livre de fertilizantes, comprar preferencialmente produtos portugueses, usar lâmpadas de baixo consumo, não deixar electrodomésticos em stand-by, ...
São pequenas contribuições -o tamanho da minha pegada ecológica que o diga!- mas estamos a caminhar para um bom equilíbrio entre conforto e ambiente.

Porque “Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco”(E. Burke).


Uma homenagem à nossa Terra, com um dia de atraso.

. sacos recriados (do Lat. saccu; do Gr. sákkos; s. m. receptáculo ou bolsa de tecido, couro, plástico, etc. , aberto em cima e fechado no fundo e dos lados + v.tr. tornar a criar): sacos-ervilha de origens diversas para trazer dobrados dentro da carteira; reutilização de sacos sem uso usando restos de tecidos, agulha e linha; uma forma de terapia.

1 comentário:

méli disse...

os sacos são o máximo!!!;)