16 de abril de 2008

nem formosa nem segura

A tese avança a pequenos passos, aos solavancos (ou aos lanços?, perguntarão alguns). Ainda não tem cabeça nem pés (inconscientemente evitei o "sem pés nem cabeça" por pena de mim próprio, acho), faltam-lhe uns quantos dedos, coxeia da perna esquerda mesmo quando se equilibra nos cotos e suspeito que as articulações dos cotovelos foram colocadas ao contrário. Não é bonita de se ver, não senhor. Bem lhe dou uns choques de vez em quando mas só estrebucha e nem geme. Como queres ser alguém se passas o tempo todo sentada no sofá? Não reage. Uma massa amorfa e inerte. Uma amiba. Um pedaço de ranho verde que se libertou abundantemente (de onde não sei) depois de uma constipação (ou de um período de intensa actividade alérgica). Tento recolher todo o ranho: nesta altura qualquer catota pode revelar-se valiosa. Vou juntar tudo numa garrafa. Depois é só agitar e... servir.

4 comentários:

Confras disse...

Como eu te compreendo. :)

um livro sobre evolução disse...

hmmm... estou a ver aí muitas referências à minha deplorável condição de saúde...
ainda bem que te inspiro a escreveres neste cantinho semi-abandonado ;)

Anónimo disse...

Oi, visito sempre o teu blog e queria te pedir que me ensine a colocar esse player, pois ainda não consegui de forma alguma.

Abraços, Jerry William

Zef disse...

http://www.radioblogclub.com/

Boa música!