... e loisas
Sensação estranha, esta. Parece que a minha vida se transformou numa manta comida pela traça. E vou tentando reconstituí-la aos poucos, de buraco em buraco, como uma cerzideira dedicada. Manter os posts em função "querido diário" ajudava, não fosse dar-se o caso de raramente aqui escrever.
A Primavera que tarda em chegar, ou aparece de forma intermitente e muito, muito fugaz. E esta cidade, já de si tão triste e cinzenta, torna-se ainda mais triste e cinzenta. Como poderia dizer um provérbio, "no Porto, tudo é pardo". Para contrariar, dentro de casa multiplicam-se as cores. São as novidades no Pano, para consumo interno e para traduzir um grande "obrigada!".
Nas aulas de teatro, há textos já decorados, outros por aprender. Testam-se coreografias, tentam-se adereços. O espectáculo está marcado!
- e dele encontrei esta frase, que se cola a mim pelo efeito de um espelho: "As pessoas de quem gostámos e partiram amputam-nos cruelmente de partes vivas nossas, a a sua falta obriga-nos a coxear por dentro."
Dum outro fim-de-semana, um acordar de domingo ao som da música e da História de Babar e uma tarde espreguiçada nos jardins do Palácio de Cristal. As meninas fizeram ginástica, os manos lutaram e a minha bailarina não resistiu ao palco oferecido pela concha acústica: dançou, rodopiou, improvisou.
De outro fim-de-semana, Ibsen.
O Duarte já fez 9 meses e continua a deliciar-nos com um grande e entusiasmado sorriso cada vez que nos recebe.
E agora, enquanto a música toca no teu novo escritório, volto a um ritual quem me anima: os próximos dias serão passados em terras de sua majestade! De volta a Londres, para celebrar mais um aniversário da prima J.
I'll be there!
Antes de embarcar, há sopa para servir, hoje com a promessa de uma ajuda especial.
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