artesanato português
Fomos à feira.
Há já alguns anos que não ia, desde que me cansei de ver mais do mesmo. Este ano regressámos mas a sensação mantém-se. Muito do mesmo, com alguma selecção de expositores questionável. O facto de se produzir peças à mão não deveria ser condição suficiente para expor numa feira que se promove como a "grande festa do Artesanato Português".
A organização peca ainda pela deficiente informação sobre os artesãos e pela confusão entre artesanato regional e origem do artesão que expõe: o que parece ser uma viagem pelo artesanato português acaba por ser uma mescla entre isso e a simples localidade de residência do artesão.
Críticas à parte, trouxemos para casa um lindo e absurdamente barato tapete de trapos para a cozinha (não perguntei o nome de quem os tecia e agora consigo encontrar essa informação no site da feira...), eu não consegui resistir a umas sandálias de couro perfeitas (feitas pelo simpático Sr. João Monteiro) e a minha menina ganhou uma nova bruxa (com um toque português no tecido da saia, uma reprodução das nossas chitas, que já usei no pano) e uma boneca que representa uma fiadeira da Beira Alta (feita pela simpática Sra. Teresa Sobral, com quem troquei dois dedos de conversa sobre a falta de livros que reúnam informação sobre os nossos trajes típicos, um tema que poderá dar para um outro post).
Outros pontos positivos:
- a exposição do programa Leader+ (embora o espaço que lhe foi destinado seja demasiado pequeno, as peças expostas são lindas)
- as jóias da Liliana Guerreiro (não sendo grande apreciadora/utilizadora de jóias, estas faziam-me converter)
- um pequeno livro sobre a história dos lenços dos namorado, editado por uma cooperativa de artesanato de Vila Verde, a Aliança Artesanal, que também os reproduz e vende (não o comprei porque entretanto me perdi de amores pelas sandálias...)
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