13 de março de 2008

ano tangerina




Começou ainda 2007 não tinha acabado, com a irresistível agenda De Cebolais de Cima a Sarilhos Grandes.

A toponímia portuguesa é tão rica e curiosa que muitos de nós já brincaram com ela. Miguel Esteves Cardoso talvez tenha sido o primeiro a difundir este património, nas suas crónicas n'O Independente. A mim fazem-me lembrar de uma interminável viagem de comboio, de regresso a Coimbra depois de uns dias das férias da Páscoa bem passados no Gerês, que se tornou miraculosamente curta a partir do momento em que desdobrámos o mapa de Portugal e começámos a passear pelas mais fantásticas terras. Ou a primeira vez que fui a Évora, outra viagem cansativa porque optámos pelas estradas nacionais. O Alentejo é sem dúvida uma fonte inesgotável de nomes de terras curiosos.
Da minha Beira Alta, talvez Venda das Raparigas seja o que mais se presta a uma exclamação. Mas Avô e Ponte das Três Entradas sempre deixaram nos meus interlocutores uma expressão estranha! E mesmo ali ao lado está a Aldeia das Dez, que consta da lista de nomes que por razões de espaço foram obrigados a deixar de fora.

Depois da agenda, não resisti a Uma mesa é uma mesa e a A grande invasão. As edições da Planeta Tangerina assemelham-se ao novo cinema de animação: embora o público-alvo seja o infantil, as belíssimas ilustrações, o cuidado com os acabamentos, como as lindas guardas, o sentido de humor e os pequenos detalhes tornam os livros perfeitos para adulto apreciar. E nem se esquecem de nós!
(mais deste planeta bem humorado e colorido, aqui)



Outra editora portuguesa que também me tem conquistado é a Edições Éterogémeas. Livros mais pequenos, ilustrações menos ambiciosas, textos divertidos. Uma história de uma meia que acaba numa bola de meias (como eu gosto delas!) e uma interpretação de provérbios portugueses (outro tema preferido), vivem agora cá em casa.


(e as tangerinas a sério... um achado da minha mãe, que tem a sorte de trabalhar em frente ao Mercado do Calhabé e comprar fruta que cresce em árvores que crescem em pequenos quintais e não percebem o significado de "agricultura biológica" porque não conhecem outra forma de crescer; deliciosas; eram as últimas, já acabaram!)

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