29 de maio de 2008
and now for something completely different
A reprodução no ornitorrinco não ocorre até este completar 7 anos. Isto deve-se em parte à incapacidade do macho em produzir esperma até essa idade. De facto, um ritual familiar muito comum nos ornitorrincos consiste em presentear o novo adulto com a primeira reprodução na festa do séptimo aniversário. No entanto, o conservadorismo, uma corrente com implantação crescente entre os ornitorrincos, leva por vezes a que a primeira reprodução aconteça mais tarde, por volta dos 7 anos e meio. Só os ornitorrincos chamados avant garde arriscam reproduções precoces. Para que a reprodução possa ocorrer, os órgãos reprodutivos quer do macho quer da fêmea terão de atingir a maturidade sexual, aumentando de tamanho. Alcançam o seu tamanho máximo entre Julho e Agosto, altura em que a cópula ocorre, também como processo termorregulador, porque no Inverno australiano parece que não mas às vezes levanta-se uma aragem fria. O corpo da fêmea adapta-se de modo a produzir o leite para as suas crias, a partir de dois mamilos (glândulas sudoríparas modificadas) localizados no seu abdómen, cercados de pêlo. Segundo foi dado a conhecer por investigadores da Universidade de New South Wales os ornitorrincos afirmam que "leite com sabor a suor? Primeiro estranha-se e depois continua-se a estranhar. Muito ornitorrinco troca a mãe por uma vaca". Pouco se sabe sobre o ritual de acasalamento do ornitorrinco, mas observações de animais em cativeiro forneceram algumas pistas relativamente a este processo. Começará, então, com um processo natatório em tudo semelhante a uma prova de natação sincronizada, mas sem molas no nariz, em que o macho e a fêmea se vão aproximando. Este comportamento é iniciado a maior parte das vezes pela fêmea, lambendo o pêlo em redor dos sovacos. Após esta demonstração de interesse em copular por parte da fêmea, o macho uiva incessantemente, batendo ritmadamente com a pata traseira na água, e agarra a cauda da nina com o bico, subindo parcialmente para as suas costas de modo a obter uma posição apropriada para a cópula. Ondula então a sua cauda em volta do abdómen da fêmea, de modo que o seu pénis, localizado na cloaca (cavidade única por onde urina, defeca e que serve como órgão reprodutor) possa ser introduzido dentro da cloaca feminina, num processo denominado "tentativa-erro". Se for bem sucedido, a fecundação ocorrerá. Se não for, dá-se a acção inversa à aqui exposta anteriormente, sendo caracterizada por uma ausência de acontecimento, ou seja, a fecundação não ocorrerá. Muitos ornitorrincos colapsam com a pressão.
Não se sabe ao certo o tempo durante o qual decorre a gestação. Umas vezes dura um mês, outras nove. A fêmea pode produzir entre um e três ovos simultaneamente. Há no entanto cloacas que aguentam com muito mais ovos, dependendo da sua elasticidade. Estes ovos têm entre 16 e 18 mm altura e 14 e 15 mm de largura. São semelhantes aos dos répteis, pegajosos, e com uma pele macia com o rabinho de um bebé. Uma vez postos os ovos, a mãe incuba-os na sua toca (com aproximadamente 30 cm de largura, feita com uma mistura de vegetação). Mas o ornitorrinco fêmea não tem uma bolsa, por isso coloca o seu corpo em volta dos ovos a fim de incubá-los, processo que dura aproximadamente 10 dias. Após este período nasce uma cria de ornitorrinco com cerca de 18 mm de comprimento. As crias alimentam-se do leite materno, durante 3 ou 4 meses. Quando saem da toca têm cerca de 80% do tamanho e 60% do peso de um adulto. Após abandonarem da toca continuam ainda a alimentar-se do leite materno. "Até cada vez mais tarde" afirmam alguns sociólogos.
Fonte: Wikipedia (salvo alguns pormenores).
PS. Quais são os sintomas da demência?
Escrito por Zef às 00:28 2 comentários
24 de maio de 2008
... e loisas
Sensação estranha, esta. Parece que a minha vida se transformou numa manta comida pela traça. E vou tentando reconstituí-la aos poucos, de buraco em buraco, como uma cerzideira dedicada. Manter os posts em função "querido diário" ajudava, não fosse dar-se o caso de raramente aqui escrever.
A Primavera que tarda em chegar, ou aparece de forma intermitente e muito, muito fugaz. E esta cidade, já de si tão triste e cinzenta, torna-se ainda mais triste e cinzenta. Como poderia dizer um provérbio, "no Porto, tudo é pardo". Para contrariar, dentro de casa multiplicam-se as cores. São as novidades no Pano, para consumo interno e para traduzir um grande "obrigada!".
Nas aulas de teatro, há textos já decorados, outros por aprender. Testam-se coreografias, tentam-se adereços. O espectáculo está marcado!
- e dele encontrei esta frase, que se cola a mim pelo efeito de um espelho: "As pessoas de quem gostámos e partiram amputam-nos cruelmente de partes vivas nossas, a a sua falta obriga-nos a coxear por dentro."
Dum outro fim-de-semana, um acordar de domingo ao som da música e da História de Babar e uma tarde espreguiçada nos jardins do Palácio de Cristal. As meninas fizeram ginástica, os manos lutaram e a minha bailarina não resistiu ao palco oferecido pela concha acústica: dançou, rodopiou, improvisou.
De outro fim-de-semana, Ibsen.
O Duarte já fez 9 meses e continua a deliciar-nos com um grande e entusiasmado sorriso cada vez que nos recebe.
E agora, enquanto a música toca no teu novo escritório, volto a um ritual quem me anima: os próximos dias serão passados em terras de sua majestade! De volta a Londres, para celebrar mais um aniversário da prima J.
I'll be there!
Antes de embarcar, há sopa para servir, hoje com a promessa de uma ajuda especial.
Escrito por rita às 13:14 0 comentários
14 de maio de 2008
papel de janela
Faz-me confusão ver as casas com portas e janelas emparedadas. Aqui não sei se era bem esse o caso. De qualquer modo, gosto desta solução. Terá alguma coisa a ver com a proximidade com a FBAUP?
P'rá menina e p'ró menino!
Escrito por rita às 13:49 1 comentários
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12 de maio de 2008
tocar o mar vendo o sol intermitente
- Devias olhar mais vezes para cima. Se o sol está intermitente a probabilidade de o ver é maior quanto mais olhares para cima. É uma verdade de La Palice.
- Talvez um dia, agora não tenho tempo. Ou então bloqueei. De qualquer forma neste momento não posso desviar o olhar.
- Pudesse o sol aparecer aí...
- Pois, a minha sorte é que aparece.
Escrito por Zef às 19:10 0 comentários
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8 de maio de 2008
burel
Uma capucha das Capuchinhas. Assim, com a devida redundância.
Escrito por rita às 19:03 0 comentários
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7 de maio de 2008
dia da mãe
Foi o primeiro ano sem a minha bailarina. Apanhou-me flores na quinta dos avós e ofereceu-mas. Aconselhou-me a pôr um pouco de açúcar na água. Assim duram mais tempo.
Obrigada, meu amor! Esta, esta e esta são para ti.
Escrito por rita às 19:36 1 comentários
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the tales of
The Manor House é um daqueles lugares onde me perderia durante horas à procura de detalhes e relíquias (tal como fazia nos sótãos das casas de Avô e da Ponte e nos armário da casa de Alvôco, com a prima Raquis). Não tendo esse tempo, tive a sorte de dormir num dos mais bem recheados quartos que lá vi. Provavelmente, o quarto que terá pertencido (ou ainda pertence?) à filha do casal Davidson. Entre outras coisas, descobri uma colecção de histórias da Beatrix Potter*. Muitos destes livros eram centenários, edições de 1906, 1908. Talvez primeiras edições. E em belíssimo estado de conservação. Não resisti, folheei-os um a um.
*Miss Potter: um dos filmes que vi graças à minha bailarina e um dos que gostei bastante.
Escrito por rita às 15:38 3 comentários
6 de maio de 2008
the walled city
Do lado de dentro das muralhas, Derry é uma cidade pequena e bonita. E muito limpa.
Escrito por rita às 12:48 1 comentários
5 de maio de 2008
um cheiro de Irlanda*
Tramore Beach
*mais talvez nos próximos dias.
Escrito por Zef às 23:36 1 comentários
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