porquê ir?
Há muitas razões para sair à rua amanhã. Razões próprias, razões colectivas. Razões mais ou menos justificadas, mais ou menos coerentes.
Eu irei. Por mim, por isto ou isto, pela minha precariedade na ciência e no ensino, pelo futuro da minha filha, pelo presente de tantos em condições tão piores que eu. Irei porque o descrédito nesta classe política é absoluto, porque os direitos são cada vez mais só de alguns, porque a regra é a ganância, a corrupção, a desigualdade. Porque falta planeamento, solidariedade, honestidade, justiça, educação. Irei porque algo tem que mudar, porque é preciso mostrar que há uma imensa sociedade que está descontente com o rumo que o país leva.
E esta não é uma manifestação de jovens mimados, como tantos querem fazer crer, nem de infiltrado dos partidos de esquerda, como outros defendem. É tão somente um momento para nos indignarmos. Como tem vindo a ser documentado no jornal Público, cada um irá com os seus motivos, será um protesto transgeracional.
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