30 de abril de 2008

Viajar! Perder países! *



O prazer de viajar começa logo nos preparativos. Primeiro, a escolha do itinerário, depois o fazer a mochila.
O monte de roupa diz tudo: é Primavera, vamos viajar e voltamos dentro de 4 dias.

O motivo da viagem não podia ser mais festivo: vamos a um casamento. Irlandês. Cerimónia na Irlanda do Norte, festa na República da Irlanda. O noivo garantiu danças até o último convidado aguentar!

*Fernando Pessoa

casa aberta

pão & bolos



Em finais de Março do ano passado, a casa Margaridense tinha as portas fechadas e um aviso informava-nos que estavam em limpezas por causa das fortes chuvadas dos dias anteriores. Depois disso, o fantástico pão-de-Ló com o nome da casa desapareceu e as portas mantiveram-se fechadas. Há 15 dias, no nosso primeiro passeio em busca de um candeeiro, as portas estavam entreabertas. Lá dentro faziam-se obras. Mas o pão-de-Ló (ainda?) não voltou.

A propósito do lançamento do livro Fabrico Próprio, este sábado, no Centro Comercial Bombarda, entre as 17h e as 20h.
(a dica veio do J.; do que ele leu do livro, recomenda)

29 de abril de 2008

convite para espreitar



O irresistível mosaico.
Na baixa do Porto (Rua do Almada?).

a caça ao candeeiro - parte 2



A parte 1 foi no sábado anterior, mas à tarde e com chuva.

A caça propriamente dita começou quando o meu candeeiro de estimação se fundiu de forma aparentemente irreversível (as tentativas para o reanimar deram origem a uma pequena aventura doméstica-eléctrica!). Substituir um objecto cheio de histórias, como este candeeiro, não é tarefa fácil. Encontrar o substituto ideal para uma casa sem estilo definido, ainda mais complicado. Por isso, e porque passo perto desta loja quase todos os sábados em que vou servir o jantar nos Albergues, acabámos por acordar escolher um destes candeeiros. Até porque a caça a uma loja semelhante revelou-se deveras frustrante...

Sábado à tarde estão quase todas as lojas fechadas (o que nos levava a outro tema de conversa, como por exemplo o porquê dos pequenos comerciantes da baixa não se adaptarem aos novos horários da população). Mas mantendo-nos fieis à desejada compra, seleccionámos alguns candeeiros pelo vidro da montra.
-Eu quase me decidi pelo cor-de-laranja da prateleira de cima, na segunda estante, à esquerda (quem sabe se porque o meu de sempre, em Coimbra, e agora da Mariana também é dessa cor).

Sábado de manhã contávamos com a loja aberta e lá fomos novamente. Parte 2. Mas a loja estava fechada, embora o horário na porta nos garantisse que não, que estava aberta. Outra volta em busca de lojas com candeeiros do nosso agrado, outra procura infrutífera. Pelo menos o tempo estava muito bom. Passeámos!

Quanto ao candeeiro, a parte 3 será tentada num dia de semana. A ver se dessa vez...

a festa correu bem







Bom tempo, boa música, boa companhia. Com ingredientes destes, é fácil passar um bom dia!
Aqui, mais algumas fotografias.

(a festa da liberdade; Galerias de Sta Clara, Coimbra, 25 de Abril de 2008)

25 de abril de 2008

derrocada

De fissura em fissura vai a Justiça no país. A minha terra, claro, não podia ser excepção à mediocridade da nação. Com deficiências estruturais graves, sem estar prevista qualquer evolução iminente. Obrigado, já tínhamos reparado. São curiosas as metáforas das glórias do mundo!

E nem vale a pena mencionar que o palácio em questão tem a provecta idade de 17 anos. Este país é um brincalhão!

PS. Se o prédio encerrado fosse um hospital ou uma escola seria apenas necessário substituir Justiça por Saúde ou Educação ali em cima. É só rir!

liberdades



Hoje é dia de festa.
A Primavera regressou, a memória colectiva de uma revolução que deixou na história flores e liberdade é invocada e nós juntamo-nos para celebrar uma nova etapa na vida de uma 'primamiga' muito querida.

Um brinde à Aleka!!

(o convite, claro está, é mais uma excelente criação da Joani)

24 de abril de 2008

Oh Mama!!




Ele pediu e nós cantámos! E se ele pedisse mais, nós acederíamos. Ainda lá estaria, a cantar e a dançar.
Duas horas? Passaram a correr!

Em Lisboa foi assim; no Porto também foi bom, muito bom. Grande Senhor!!

23 de abril de 2008

a minha ervilha



Este é um saco muito especial: aquela grande mancha verde é uma ervilha de Mendel! Veio do mesmo sítio onde há muitos anos se inventou a genética.
A importância de Darwin para a biologia é incontornável e eu sou uma sua devota seguidora (e que belas aulas sobre evolução tenho andado a preparar! :) mas o meu coração sempre saltou um bocadinho mais por Mendel, que fazer? Por isso este saco foi o eleito para me acompanhar sempre, para todo o lado, dobrado no fundo da carteira. Saco de comida, saco de livros, saco de roupa, saco de tudo!

-"Não preciso de saco, obrigada!", digo, enquanto tiro a minha ervilha da carteira. E vou notando que ainda há muito quem estranhe. Embora menos. E pelo menos já não preciso de discutir com quem me atende e me quer forçar a trazer um saco com a marca...

Fazer-me acompanhar do meu saco-ervilha é um dos meus pequenos gestos em prol da melhoria do estado do ambiente. Usar criteriosamente a água e lavar com detergentes sem fosfatos, aumentar a proporção de alimentos provenientes de uma agricultura livre de fertilizantes, comprar preferencialmente produtos portugueses, usar lâmpadas de baixo consumo, não deixar electrodomésticos em stand-by, ...
São pequenas contribuições -o tamanho da minha pegada ecológica que o diga!- mas estamos a caminhar para um bom equilíbrio entre conforto e ambiente.

Porque “Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco”(E. Burke).


Uma homenagem à nossa Terra, com um dia de atraso.

. sacos recriados (do Lat. saccu; do Gr. sákkos; s. m. receptáculo ou bolsa de tecido, couro, plástico, etc. , aberto em cima e fechado no fundo e dos lados + v.tr. tornar a criar): sacos-ervilha de origens diversas para trazer dobrados dentro da carteira; reutilização de sacos sem uso usando restos de tecidos, agulha e linha; uma forma de terapia.

16 de abril de 2008

14 de Abril

Há dois dias o meu irmão festejou mais um aniversário. O facto de não o ter aqui assinalado revela uma novidade em relação aos últimos anos: pude felicitá-lo pessoalmente. No entanto nada me impede de o fazer novamente, num sítio com uma capacidade de difusão ilimitada. E assim as três pessoas que visitam o blog regularmente (os dois autores e tu que estás a ler este texto) podem regozijar-se com a efeméride.

Parabéns!

nem formosa nem segura

A tese avança a pequenos passos, aos solavancos (ou aos lanços?, perguntarão alguns). Ainda não tem cabeça nem pés (inconscientemente evitei o "sem pés nem cabeça" por pena de mim próprio, acho), faltam-lhe uns quantos dedos, coxeia da perna esquerda mesmo quando se equilibra nos cotos e suspeito que as articulações dos cotovelos foram colocadas ao contrário. Não é bonita de se ver, não senhor. Bem lhe dou uns choques de vez em quando mas só estrebucha e nem geme. Como queres ser alguém se passas o tempo todo sentada no sofá? Não reage. Uma massa amorfa e inerte. Uma amiba. Um pedaço de ranho verde que se libertou abundantemente (de onde não sei) depois de uma constipação (ou de um período de intensa actividade alérgica). Tento recolher todo o ranho: nesta altura qualquer catota pode revelar-se valiosa. Vou juntar tudo numa garrafa. Depois é só agitar e... servir.

11 de abril de 2008

get born, keep warm



Johnny's in the basement
Mixing up the medicine
I'm on the pavement
Thinking about the government
The man in the trench coat
Badge out, laid off
Says he's got a bad cough
Wants to get it paid off
Look out kid
It's somethin' you did
God knows when
But you're doin' it again
You better duck down the alley way
Lookin' for a new friend
The man in the coon-skin cap
In the big pen
Wants eleven dollar bills
You only got ten

Maggie comes fleet foot
Face full of black soot
Talkin' that the heat put
Plants in the bed but
The phone's tapped anyway
Maggie says that many say
They must bust in early May
Orders from the D. A.
Look out kid
Don't matter what you did
Walk on your tip toes
Don't try "No Doz"
Better stay away from those
That carry around a fire hose
Keep a clean nose
Watch the plain clothes
You don't need a weather man
To know which way the wind blows

Get sick, get well
Hang around a ink well
Ring bell, hard to tell
If anything is goin' to sell
Try hard, get barred
Get back, write braille
Get jailed, jump bail
Join the army, if you fail
Look out kid
You're gonna get hit
But users, cheaters
Six-time losers
Hang around the theaters
Girl by the whirlpool
Lookin' for a new fool
Don't follow leaders
Watch the parkin' meters

Ah get born, keep warm
Short pants, romance, learn to dance
Get dressed, get blessed
Try to be a success
Please her, please him, buy gifts
Don't steal, don't lift
Twenty years of schoolin'
And they put you on the day shift
Look out kid
They keep it all hid
Better jump down a manhole
Light yourself a candle
Don't wear sandals
Try to avoid the scandals
Don't wanna be a bum
You better chew gum
The pump don't work
'Cause the vandals took the handles

Bob Dylan
Subterranean Homesick Blues
1965

4 de abril de 2008

unequal crossing-over*


Chega a ser injusto! Ela usa quase toda a minha roupa e calça o que quer da minha colecção. Eu, embora goste de algumas peças da colecção dela, só me sinto eu com muito poucas.
Os seus sapatos novos não uma dessas peças. Mas gosto muito deles. Talvez porque me façam lembrar estes.

* ui, ui,... estou a preparar-me para voltar às globinas e escrever os artigos que ainda faltam...

3 de abril de 2008

paz verde


Pela limpeza das praias?

quando a vida é bela



Os dias grandes, uma vaga de calor, a outra escola dela a funcionar na ribeira de Gaia, ali ao lado do estuário do Douro, uma tarde descontraída a misturar cores, as aulas de sábado preparadas.
Fui buscá-la a tempo de vermos o pôr-do-sol. Há mais de um ano que não o fazíamos. Desta vez, em vez de seguirmos para o Porto, fomos descobrir a Afurada.
Um pôr-do-sol em terra de pescadores, onde a maior surpresa foi encontrar estendais públicos. O final de tarde perfeito.


a difícil arte de mimar


Adoptar em Portugal já era complicado, de tal modo a nossa lei protege os pais biológicos. O bem-estar das crianças, o seu direito a uma família, a um ambiente estável e carinhoso parece ser relegado para uma das últimas posições da lista de requisitos.

Adoptar em Portugal é um teste à resistência de quem o quer fazer. Mesmo para quem não chegava a impor condições de sexo, raça, idade ou nem sem importava de adoptar de uma vez só dois irmãos. Cerca de três anos à espera, foi o que aconteceu com os primos A. e P., até poderem ser pais de duas crianças desejosas de atenção.

Agora, para além da burocracia e da hipocrisia, é preciso hipotecar um salário para alguém se possa candidatar a ser pai, para que uma criança possa ter a sua família...

- Senhor Sócrates, se há dinheiro público para investir em megalomanias de discutível utilidade, porquê estas taxas?

1 de abril de 2008

duarte e o ovo da páscoa




Ainda da Páscoa, mas uma Páscoa especial: a primeira Páscoa do Duarte, já com 7 meses e meio.

O ovo é uma edição feliz da Hussel, que descobri no ano passado quando preparei o primeiro folar do Duarte. Este ano os desenhos eram particularmente coloridos, o que motivou uma pequena batalha até conseguir soltar o ovo para o Duarte o (a)provar!