31 de julho de 2007

para o duarte



Para o meu afilhado, que agora já ouve o som do seu nome!

A mantinha foi crescendo com ele, de quadrado em quadrado, sem se adivinhar a forma final. Acabei por não a alcochoar. Por pura falta de jeito... Falta-me aprender muito se quiser fazer um quilt em condições! Para colmatar a falha, acrescentei-lhe uma família de tartarugas (tarefa que contou com a ajuda preciosa do tio do Duarte :).



O lençol e o babete são para que se sinta ainda mais especial na sua chegada ao nosso mundo.


As prendas para o Duarte foram dando a sensação de que no pano ainda se produz. Vaga sensação... Com a partida para novas paragens à porta, as malas levam espaço vazio que espero encher com novos tecidos. Para novos panos!

30 de julho de 2007

ela brincou



A saga do joelho continua. Dos primeiros capítulos, ficámos a saber que a minha bailarina tem o crescimento da tíbia comprometido por uma doença de nome gordo: Osgood-Schlatter. De entre todos os detalhes médicos, retivemos que lhe causa dor mas não lesões, que acaba quando acabar o crescimento do osso mas não há tratamento para além do alívio da dor. A minha menina vai passar a ter o seu próprio paracetamol... :(
Para os próximos capítulos, está já a ser tratada a marcação de uma ressonância magnética. Queremos saber ao pormenor o que lhe anda a causar a dor.

E por causa do joelho este ano ela não dançou no final do ano lectivo...

Para não ficar tão triste, para ter os dias de férias mais ocupados e porque ela se tem divertido a descobrir a expressão dramática e as artes do espectáculo para além da dança (um workshop em Abril, no Teatrão, e outro em Maio, enquanto eu corria a Feira de Artesanato, no TAGV), inscrevi-a numa oficina de escrita e animação do Teatro do Campo Alegre, "Assim não brinco!".

Ela brincou. E gostou!

Mais sobre a oficina aqui, aqui e aqui.

28 de julho de 2007

27!























hoje é o teu dia


E também é um bocadinho o nosso dia.
Parabéns!

Lembra-te

Lembra-te
que todos os momentos
que nos coroaram
todas as estradas
radiosas que abrimos
irão achando sem fim
seu ansioso lugar
seu botão de florir
o horizonte
e que dessa procura
extenuante e precisa
não teremos sinal
senão o de saber
que irá por onde fomos
um para o outro
vividos

Mário Cesariny

26 de julho de 2007

passeio em família



Se não fosse pelo calendário, o tamanho da barriga não deixaria dúvidas: o irmão está mesmo a chegar!
E se eu não o levasse aos cheiros e sabores de Coimbra, ainda no seu refúgio confortável, não seria uma boa madrinha :)

Desta vez, da Solum até ao Parque. Para a próxima, poderemos dedilhar o clássico "do Choupal até à Lapa...".

A família gostou. Há dias que se passam assim: muito bem.

passeio no parque




















O da direita sou eu. E sim, tão jovem e já tenho cabelos brancos! O Xavier não os tem porque ainda não tem preocupações. O irmão só chega daqui a um mês...

24 de julho de 2007

nananananana batman!


























Em 1986, Frank Miller (escrita) e David Mazzucchelli (ilustração) produziram uma reinterpretação inovadora da origem do Batman. Escrito pouco tempo depois de The Dark Knight Returns, a história dos últimos dias de Batman, Batman: Year One fundou uma nova visão da origem da personagem.

Bruce Wayne, 25 anos, único herdeiro da fortuna dos Wayne, regressa a Gotham City depois de passar doze anos a treinar artes marciais. Entretanto Gordon mudou-se com a sua mulher grávida para Gotham perseguindo uma carreira na força policial. Bruce prepara-se
para iniciar a sua luta contra o crime: faz uma reserva num hotel, tendo assim um álibi, e disfarça-se com uma cicatriz falsa. É fundamental não revelar a identidade. No entanto, a primeira missão foi coroada de insucesso: acaba esfaqueado e preso, tendo de fugir. Bruce chega a casa ferido e senta-se, esperando inspiração para criar algo que amedronte os criminosos e lhe dê vantagem no confronto directo. Nesse momento um morcego irrompe na sala e pousa (ou poisa?) numa das estátuas do seu pai. E aí surge a frase pinderico-americanoido-dramática que define o seu futuro: "Yes, I shall become a bat."

Houve rumores de uma adaptação ao cinema desta história, com argumento do próprio Frank Miller. Parece que isso ficou em águas de bacalhau. Dizem também que o último Batman que foi feito, Batman Begins, foi beber a inspiração a este álbum, embora só de raspão, acho.

Sempre fui fã do Batman. Talvez por ser um dos únicos super-heróis que não tem super-poderes - um herói apenas. E esta foi a minha última aquisição para a minha modesta (muito modesta) colecção de banda-desenhada.

18 de julho de 2007

às vezes sorrir é estúpido
























Reagir com um encolher de ombros às imposições injustas da sociedade e do poder parece ser a característica dominante de algumas gerações. Não pretendo que a minha seja assim. No entanto, sinto um sorriso estúpido e inerte na cara. Igual ao dos que encolhem os ombros. Porque hoje foi a Concentração Nacional de Bolseiros de Investigação pela proposta de alteração do estatuto do bolseiro. E eu não fui.

sons às rodelas (# 13)



Siouxsie and the Banshees - Kaleidoscope (Geffen, 1980)

"So many people don't want to know about changing; changing themselves and changing the way they're living to make it better."
Siouxsie Sioux, aqui.

17 de julho de 2007

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,


Nove!!
O Guigo está grande!

(Aleka, o resto das fotos está aqui)

11 de julho de 2007

joão e pedro



Mais dois priminhos!
Nasceram na família há cerca de duas semanas e daqui a três dias vou medir-lhes o tamanho do sorriso e ver a diferença. É que viver em Avô, com tantos regaços, só lhes pode estar a fazer muito bem!

dias cada vez mais simples



Depois de termos acabado com a distância :), e vestido roupa nova, agora ligámos a nossa morada à rede!
Sem outras desculpas, esperamos retomar a escrita neste nosso canto, já com sabor a outra vida.

Por mais estranho que pareça, concordo com a prima Joani: é muito por aqui que vos encontro e sei como andam. Não chega, claro, mas dá para diminuir as saudades.
(post scriptum: não é concordar com a Joana que é estranho, encontrar-mo-nos por aqui é que é estranho)

9 de julho de 2007

tarantino à prova de morte
























Quentin Tarantino e Robert Rodriguez dividiram a direcção de uma longa metragem - Grindhouse, como homenagem ao estilo - que nos planos iniciais seria dividida em dois capítulos, de uma hora cada, um dirigido por Tarantino - Death Proof - e outro por Rodriguez - Planet Terror. Os filmes simulam a sensação de se assistir a filmes de terror produzidos nos anos 70, com direito a riscos na imagem e falhas na cor e som. Aparentemente, depois dos resultados de bilheteira nos EUA ficarem aquém do esperado, foi decidido separar os capítulos em duas extended versions e que seria assim que estreariam nos restantes países. Por cá Death Proof estreia no dia 19 Julho enquanto que Planet Terror chegará apenas a 27 de Setembro.

Como sou um gajo fixe (isso e também porque em França o filme já estreou) já tive a oportunidade de visualizar (é assim que se diz agora, certo?) a parte do Quentin. Death Proof conta a história de um duplo em filmes de segunda categoria, Kurt Russel, que usa o seu carro à prova de morte como veículo de socialização. O melhor que posso dizer do filme é que não fiquei nada desiludido (e a fasquia depois de Kill Bill - e já agora de Jackie Brown e Pulp Fiction - estava bastante elevada). Ainda por cima a banda sonora mantém a qualidade dos predecessores (uma amostra aqui). Pergunto-me apenas onde foram parar os falsos trailers que separavam os dois capítulos na versão original.

2 de julho de 2007

um porto em montpellier

Matias, Christel, David e Sonia. Pessoas numa casa. Uma família.
























Un port est un séjour charmant pour une âme fatiguée des luttes de la vie. L’ampleur du ciel, l’architecture mobile des nuages, les colorations changeantes de la mer, le scintillement des phares, sont un prisme merveilleusement propre à s’amuser les yeux sans jamais les lasser. Les formes élancées des navires, au gréement compliqué, auxquels la houle imprime des oscillations harmonieuses, servent à entretenir dans l’âme le goût du rythme et de la beauté. Et puis, surtout, il ya une sorte de plaisir mystérieux et aristocratique pour celui qui n’a plus ni curiosité ni ambition, à contempler, couché dans le belvédère ou accoudé sur le môle, tous ces mouvements de ceux qui partent et de ceux qui reviennent, de ceux qui ont encore la force de vouloir, le désir de voyager ou de s’enrichir.

Le Port
Le Spleen de Paris, XLI
Charles Baudelaire